domingo, 29 de maio de 2011

Crônicas de uma ilha

Robert Hubert (1733-1808), O incêndio de Roma
"Roma está queimando, ele diz, enquanto serve para si próprio outro drinque. Ainda sim, aqui estou, até os joelhos em um rio de vaginas. Lá vamos nós, ela pensa. Outra auto piedade, encharcada a uísque, discursando sobre como tudo o que é foda está no passado. E como todos nós, pobres almas, nascemos muito tarde para ver os Stones em – qualquer lugar, ou cheirando a boa cocaína, como aquela que eles cheiraram no Studio 54 – bem, todos nós simplesmente perdemos o sentido de praticamente tudo pelo que vale a pena viver. E a pior parte foi que, ela concordou com ele. E lá vamos nós, ela pensou, na beira no mundo – na ponta do abismo da civilização ocidental e todos nós estamos tão desesperados para sentir alguma coisa... qualquer coisa... que nós continuamos caindo uns sobre os outros e fodendo nossos passos em direção ao fim dos dias."

Um comentário:

Natasha Piervy disse...

Ser humano = Ser irracional, a última frase já mostra isso ''continuamos caindo uns sobre os outros e fodendo nossos passos em direção ao fim dos dias.''